terça-feira, 9 de maio de 2017

Planejamento Urbano de Buenos Aires


Definição de Planejamento Urbano


O planejamento urbano é o processo de idealização, criação e desenvolvimento de soluções que visam melhorar ou revitalizar certos aspectos dentro de uma determinada área urbana ou do planejamento de uma nova área urbana em uma determinada região, tendo como objetivo principal proporcionar aos habitantes uma melhoria na qualidade de vida. O planejamento urbano, segundo um ponto de vista contemporâneo (e, em certa medida, pós-moderno), tanto enquanto disciplina acadêmica quanto como método de atuação no ambiente urbano, lida basicamente com os processos de produção, estruturação e apropriação do espaço urbano. A interpretação destes processos, assim como o grau de alteração de seu encadeamento, varia de acordo com a posição a ser tomada no processo de planejamento e principalmente com o poder de atuação do órgão planejador.


Planejamento Urbano de Buenos Aires

Buenos Aires foi uma cidade marcada pelo planejamento urbano tradicional. Adrián Gorelik, arquiteto e historiador urbano argentino, no texto Buenos Aires: el fin de la expansión considera que o planejamento urbano com o desenho em quadrícula, juntamente com o alto investimento do Estado em infraestrutura pública urbana, foram os responsáveis por inserir na cidade o grande contingente de imigrantes que vieram em busca de trabalho durante a sua primeira fase de expansão (segundo o autor, entre os anos de 1870 e 1920, quando a cidade passou de 180 mil habitantes para quase 2 milhões, se manteve sempre maior que 50% a população extrangeira). Para Gorelik, a quadrícula urbana foi o elemento organizador do espaço central para que a cidade crescesse de forma igualitária.



A quadrícula foi um diagrama muito criticado por ser demasiadamente tradicional (segundo Gorelik, trás a memória da quadrícula das Indias) e demasiado moderno (sua configuração é mais favorável à exploração capitalista do solo). Porém, no caso de Buenos Aires, a quadrícula foi responsável por unificar o traçado urbano, demarcando o centro tradicional e ligando-o com os novos suburbios populares.

Nesta lógica, o que observamos é que cada cidade busca insistentemente qual será sua grande atração no cenário global. Atração do ponto de vista arquitetônico (grandes projetos com as últimas tecnologias construtivas e grandes nomes da arquitetura assinando os projetos), do uso (espaços marcados com usos variados, porém sempre voltados para o consumo – turismo, setor hoteleiro, escritórios, spas, lofts de luxo), da modificação (qual será o espaço requalificado). Para isso não economizam esforços, e entra em cena a parceria público-privada, tanto para investimentos e quanto para os processos decisórios.

A participação privada na construção da cidade faz com que a revitalização seja entendida como negócio. Tanto a escolha do local quanto a escolha do programa passam pela avaliação da rentabilidade econômica do projeto. O papel do Estado, nesse caso, é central. O estado é o dono das grandes áreas que são passiveis de serem renovadas (antigos portos, estações de trem, bairros centrais) e o Estado é responsável pela legislação sobre o uso do solo e as taxas de ocupação dos mesmos, ou seja, pode controlar o nível de lucro da construção – permitindo se edificar mais ou menos e o que edificar.



Fontes:


Grupo:

Ana Catharina, Pedro Tolentino, Marina Riccio

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